Regressei hoje, depois de um fim de semana prolongado no Minho.
Fui para longe para pensar, mas o longe não foi suficientemente longe.
Tentei e tentei e tentei... E não me consigo desligar. Fecho os olhos e assaltam-me imagens que preferia esquecer. No peito fica um aperto tão forte que quase não consigo respirar.
Eu juro que tento e que quero afastar-me... Mas é tão dificil...
É uma luta diária! É uma luta tão cansativa... Que quase me apetece desistir, baixar os braços e deixar-me ir... Aniquilar-me e aniquilar o que sinto, só para não perder...
Mas já perdi... O que é que posso evitar perder, se já perdi tudo?
Estupidamente criei sonhos e ilusões, baseados não sei no quê... E que resultaram no belo turbilhão que aqui se encontra.
Na realidade... Eu só quero desaparecer daqui para fora... Sinto necessidade de me curar, de cicatrizar as feridas... Mas ao mesmo tempo, o meu lado masoquista, obriga-me a prefurar as feridas e fazê-las sangrar ainda mais...
A minha incapacidade de admitir o que sinto, de falar, de pedir, de decidir, de assumir... Faz-me perder coisas, pessoas, situações, oportunidades que poderiam ser muito boas para mim...
Mas para variar... Fico sozinha no meu canto, refugio-me e sofro...
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