Venham todas as histórias encantadas e desencantadas...
Venham as promessas de amor para toda a vida, e os pactos de não traição.
Esta é apenas uma história como todas as outras... Um amor que aparentava ser para sempre, mas logo se acabou...
Eram duas almas sofridas, que se encontram no cumo do Verão. Apaixonaram-se sem dar por conta, e nunca mais se largaram.
Faziam tudo juntos, porque o tempo de ambos assim o permitia. Os amigos sentiram o afastamento, mas todos compreenderam. Novo amor, nova relação. Altura de descoberta e de partilha.
Eram perfeitos um para o outro, o mau feitio de um contrabalançava a teimosia do outro. E eram felizes, céus, como eram felizes.
Foi-se passando o tempo, e o tempo de ambos foi ficando menor. Entre trabalho, aulas e outras actividades, tudo ficava complicado. Mas nenhum dos dois desistiu.
De um momento para o outro, a rapariga, começa a sentir um afastamento, liga uma série de coincidências (que não eram mais do que isso) e pensa que ele a traiu. Começa a sofrer, e a chorar, e o coração parte-se e definha sozinho.
É que ela não é capaz de falar. Ela cala o que sente, guarda tudo dentro de si. Mesmo quando desabafa com outrem, nunca conta completamente o que sente.
Mas como ama desesperadamente, fica e tenta aguentar a relação. Talvez com esperança que tudo volte ao normal, que ele volte a olhar para ela como dantes. E a sua ilusão é tão fortemente realista, que ela já nem distingue a própria realidade.
Devido à fragilidade em que se encontra, deixa que um outro alguém se aproxime. Até se sente confusa, mas a realidade é apenas essa, uma ligeira confusão, criada pela sua mente e não pelo seu coração. Mas quem se aproximou é insistente, até desafiante, cria imagens perfeitas de algo que não existe, e quer obrigá-la a escolher. Ao sentir o peso de uma escolha nos ombros, escolha essa que nunca quis fazer, decide ficar como está, sem saber ao certo o que sente.
E tudo parece normalizar, mas no seu espírito, algo não ficou curado e teima em se ausentar.
E então por isso, acaba-se a relação perfeita, que tanto prazer, deu a semear.
Seguem-se uma série de confusões e mais umas quantas indagações.
Uma série de suspeitas, mas nenhumas constatações.
Assumem que houve traição, mesmo sem ter havido, apenas porque foram feitas escolhas com que ninguém está de acordo.
Se ela assumiu que pensou mal, ao achar que ele a tinha traído; todos os amigos que seriam comuns, acham que ela o traiu a ele e a eles todos.
Ninguém compreende a necessidade de tristeza e de abstenção. Ninguém compreende a necessidade de ver novas caras e novos locais.
Todos acham que se deu uma troca por troca, quando na realidade, foi apenas uma mudança temporária.
Mas como ninguém aceita, começam com acusações.
Com o feitio que tem, ela chateou-se com meio mundo, quase mesmo até com quem não se queria chatear.
Apesar dos novos amigos, sente-se um pouco sozinha.
Sente falta daqueles com quem cantava e ria, não é que não o faça agora, mas é tudo diferente.
E ele... Ele vai-se afastando porque se encontra magoado.
Encontra-se magoado, com a desconfiança dela, com aquilo que considerou mentiras, com a suposta traição, com as indecisões dela, tudo ajudado com aquilo que lhe foram dizendo. E como é óbvio, cria-se uma autêntica salada russa.
Ela não sabe o quer quer. Só sabe que sente saudades... E, céus, são bastantes... Mas ao mesmo tempo, quer estar assim, sozinha...
Mas ele não compreende, e ela não sabe explicar.
E no meio disto tudo...
Ficam as lágrimas para contar história.
E não há mais nada a dizer!
Se calhar não há mesmo nada a dizer...
ResponderEliminarDigamos... Que a minha história até teve uma reviravolta, e um desenlace feliz. No entanto, ninguém sabe o dia de amanhã.
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